Nos últimos anos, o termo “inox” se popularizou de forma intensa no mercado, passando a ser associado a uma ampla variedade de produtos e aplicações. Esse movimento traz efeitos positivos e negativos. Por um lado, o aço inoxidável conquista cada vez mais espaço em novos projetos, ampliando suas possibilidades de uso e fortalecendo seu consumo em diferentes setores.
Por outro, cresce também a oferta de materiais que apenas simulam o inox, prometendo, de forma quase “mágica”, entregar as mesmas propriedades de um material que, na prática, possui composição e desempenho inerentes.
Essa dualidade criou um ambiente em que aparência e nomenclatura, muitas vezes, falam mais alto do que a origem do material. E é justamente nesse ponto que surgem as confusões, as escolhas equivocadas e, em muitos casos, os prejuízos que só aparecem com o passar do tempo.
Entra nesses casos o famoso Evox, tido pelas propagandas como a evolução do inox. Mas será que é mesmo?
Definitivamente, não há nenhum problema na escolha do Evox. Mas, absolutamente, evox não é inox. E é sobre isso que trata esse artigo.

Bom, primeiramente o Evox não é um tipo de aço, mas sim um tratamento de superfície aplicado sobre o aço carbono. Em outras palavras: o “corpo” do material é aço comum, e o Evox entra como uma “armadura” fina que reveste esse aço para melhorar seu desempenho e sua aparência.
Geralmente, esse tratamento envolve etapas como:
O objetivo do Evox é reduzir a oxidação em relação ao aço carbono sem qualquer proteção, prolongar a vida útil do material quando aplicado em ambientes de baixa agressividade e imitar a aparência do aço inox, conferindo ao produto um visual prateado, com acabamento acetinado ou levemente escovado – como preferir.
Até aí, ok.
Vamos aos pontos de atenção: mesmo com o Evox, o núcleo continua sendo aço carbono. Isso significa que:
Ele não foi projetado para substituir o aço inox em aplicações críticas, e muito menos em ambientes que exigem normas sanitárias ou alta resistência à corrosão. O Evox é um outro material, não tem nada a ver com o inox.
Já o aço inoxidável é um material completamente diferente na essência. O inox é uma liga metálica composta principalmente por Ferro (Fe), Cromo (Cr) – em teor mínimo de 10,5% –, e podendo conter também níquel, molibdênio, nitrogênio e outros elementos, dependendo do tipo de aço inox.
O grande segredo está justamente no cromo. Em contato com o oxigênio, ele forma uma camada passiva extremamente fina e invisível de óxido de cromo na superfície do metal. Essa camada protege o aço contra a corrosão e se regenera sozinha quando a superfície sofre riscos leves ou pequenos danos;
Logo, a camada passiva garante uma proteção que não depende de tinta, banho ou revestimento.
Ou seja:
No inox, a proteção contra corrosão está na composição do material e em toda a sua espessura, não apenas na superfície.
Mesmo após corte, dobra, soldagem e conformação mecânica, o aço inox mantém a capacidade de formar essa camada passiva, desde que utilizado corretamente e em ligas adequadas para o ambiente (por exemplo: inox 304, 316, 430, etc.).
Além da parte técnica, há um fator importante: a cor prateada do inox não é pintura, nem efeito, nem camada aplicada. É a própria cara do material. O brilho, o tom e o acabamento (polido, escovado, etc.) são trabalhados diretamente sobre o aço inox, e não sobre um revestimento.
Sendo direto, como a Projinox sempre foi: não. Isso é marketing. O inox evolui há décadas de forma consistente e comprovada pela engenharia e pela metalurgia, por meio do desenvolvimento de novas ligas metálicas, melhorias nos processos metalúrgicos, da adição de elementos como molibdênio, níquel e nitrogênio, além de constantes avanços nos processos de laminação e acabamento.
O Evox, por sua vez, não representa uma evolução do aço inox, simplesmente porque não é inox. Trata-se de aço carbono com tratamento superficial, desenvolvido para oferecer uma aparência semelhante ao inox e uma resistência limitada à corrosão, com custo inferior.
Como o material base é o aço carbono, qualquer falha na camada protetiva, seja por risco, impacto, solda sem o tratamento adequado ou desgaste natural, permite o contato direto do ferro com a umidade e o oxigênio, iniciando o processo de oxidação.
A Projinox trabalha exclusivamente com aço inox na entrega de produtos, como soluções que realmente performam ao longo dos anos.
Fonte: Papo de Inox
